domingo, 31 de janeiro de 2010

Quarto de hotel

Passo os dias em um quarto de hotel
Ouvindo o tradicional estadunidense
Vinte e quatro horas por dia
As estrelas me refletem

Vivo sozinho
Dentro de um quarto de hotel
Amo as falsificações de Van Gogh
As pinturas, a janela mal colocada

Não há ninguém mais
Somente eu no quarto de hotel
Amanhece
O tradicional estadunidense não para

Não há conta a se pagar
Não há zelador, porteiro
Todos desapareceram há muito
E eu fiquei no quarto de hotel

O som francês
Ouço uma única vez,
No restante do tempo
Só o tradicional estadunidense

De repente um acidente
Um grito
Não saio, finjo ignorar
E fico no quarto de hotel

sábado, 30 de janeiro de 2010

Sobre o que criei pra mim

Cintilantes espaços
Siderais
Sensações atmosféricas
Via láctea
Sinto o pulso
Do universo
Paralelo
Que criei
Para mim
Queria poder
Navegar entre
Os poderes
Intergalácticos
Da estratosfera
Que existe
Onde só eu sei
Queria poder
Respirar um pouco
De poeira cósmica
Um pouco de átomos
E transpirar
Chuva estelar
Chorar estrelas
E voar
Voar pelos
Altos espaços
Que criei pra mim

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Seu José

Ah, seu José
Proseávamos juntos
Falávamos juntos
Cantávamos junto
Andávamos juntos
Rezávamos juntos
Brincávamos juntos
Caçávamos juntos
Dançávamos juntos
Roçávamos juntos
Vivíamos juntos
Mas o senhor morreu, seu José

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vou deixar

Vou deixar de pedir
Vou te agarrar

Vou deixar de te amar
Vou te beijar

Vou deixar de te querer
Vou te ter

Vou deixar de te agarrar
Vou te pedir

Vou deixar de te beijar
Vou te amar

Vou deixar de te ter
Vou te querer

Agradecimento e convite

O Hortelãs Hidropônicas agradece aos usuários pelos mais de mil acessos durante o último mês. É com imensa satisfação que atingimos essa meta, que para nós dá a mesma sensação de um milésimo gol na carreira. Também convidamos os internautas que passarem por aqui a se tornarem membros do Blog. Para isso, basta clicar no link "Seguir" logo na barra lateral e inserir seu endereço de e-mail, twitter ou conta Yahoo. Att,

Hortelãs Hidropônicas

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ciclo poético

Sobrou ao poeta uma vontade imensa de estar entre as palavras, de desnudar em versos situações insolúveis, de postergar por mais um tempo a realidade

E acabou fazendo isso para poder estar entre as palavras, desnudar em versos situações insolúveis, postergar por mais um tempo a realidade

Descobriu, porém, que para permanecer lá precisaria estar entre as palavras, desnudar em versos situações insolúveis, postergar por mais um tempo a realidade

Estar entre as palavras
Desnudar em versos situações insolúveis
Postergar por mais um tempo a realidade

Brinco

O brinco
Ó, eu brinco, viu?
Ô, brinco desgramado
O Brinco de Ouro da princesa lotou
O brinco de carro que eu vi ontem a noite
O verbo brincar
O brincar com as palavras
Brinco
Brinco
Brinco

Avesso dos tempos

Acordo de manhã
Parece noite

Acordo de noite
Parece manhã

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mais nada

Naquela noite, somente a garrafa de vodka
E no espaço virtual, o seu melhor podcast

Palavrão aos 40

Idade, quarenta
Corpinho, setenta
Nada errado
Sempre calado
Um santo
Um encanto
Menino d'ouro
Cueca d'couro
Mamãe amava
Papai detestava
Era perfeito
Daquele jeito

No fundo
No fundo
Tinha revolta
Sem volta
Queria muitão
Dizer palavrão
Unzinho só
Pra saber
O prazer
Mas papai
Aiaiai
Nunca deixava
Isso indignava
Pobre rapaz,
Nunca capaz
Dum palavrão
O solteirão

Sem esperança
Tramando vingança
Preparou dia
De folia
Iria então
Dizer palavrão

Chegou dia
De folia
Rapaz preparado
Já revoltado
Mesa posta
Mamãe gosta
Comida boa
Da patroa
Sua alegria
Quem destruiria?

Mas menino
Nu'era divino
Nem anjo
Era marmanjo
Queria muitão
Dizer palavrão

Esperou povo
Comer d'novo
Pra soltar
E gritar:
-Xoxota pra todos
Deixou todos bobos
Mas foi esse então
O seu palavrão

domingo, 24 de janeiro de 2010

Atentado

Noite tensa
Intensa
Pra rimar com ado
Um atentado
Era um capanga
Chupando manga
Que veio atentar
Trazendo azar
Seu ato insano
Era quase profano
E rimava com ado
Era um atentado

Ele me ligou
Disse ser brou
Só que no fundo
Era um vagabundo
Marcamos encontro
Um com o outro
Disse ele então
Que vendia leitão
E eu, fazendeiro
Ia ver primeiro

Chegando lá
O cabra, de Macapá
Esperava com dez
Na Rua Pés
Logo fui pego
(ai!) bem pelo rego
Puxado pela cueca
Até Rua teca
Estava escuro
Vi um muro
Fui revistado
Já quase pelado
Por dois capangas
Chupando mangas

Tomei tapa e cascudo
De um barbudo
Mandou eu virar
Eu, recusar?
Virei
Olhei
Avistei Soninha
O Braguinha
Minha noiva, a Deusa
Mamãe Heleusa
Todo mundo
Rindo profundo
A vó Raimunda
Deu tapa na bunda
E eu, pelado
Me sentia humilhado

Sabe o Rinoceronte
Lá perto da fonte
Também estava
E dissimulava
Nem o Clemente
Era inocente

Já nos finalmentes
Me deram presentes
-Parabéns otário
Era meu aniversário

sábado, 23 de janeiro de 2010

Inveja no zoo da ponte

Sabe o Clemente
O rinoceronte
Que operou a fuça
Esse mesmo

Pois é
Caso é
Que no zoo da fonte
Lá depois da ponte
Um tal de leão
Vizinho do camaleão
Invejou o Clemente
Que ficou imponente

Resolveu inovar
E sacou no ar
Uma maneira
De não ficar de bobeira
Pegou seu pobre topete
Que parecia um tablete
E passou-lhe a escova
Pra parecer uma anchova

Para sua surpresa
Não ficou uma beleza
Ficou tipo assim
Vamos dizer ruim
E o seu Clemente
Que quase nunca mente
Disse logo a verdade
Sem ar de piedade
-Ficou ruim, seu leão
-Calado, seu gordão
-Quem mandou invejar
-Eu te pego já já

Caso é que seu Clemente
Ficou famoso com gosto
E o leão, de repente
Morto caiu de desgosto

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Rino

Deicidiram de repente
Operar o Clemente
Que vivia tranquilo
Ao lado dos esquilos

Era um rinoceronte
Do zoológico da fonte
Ele é que iria
Fazer uma rinoplastia
Quem diria, um rinoceronte
Lá de perto da fonte
Encarar uma cirurgia
E logo a rinoplastia

Mas pensando bem
Quem mal tem?
Se todo mundo faz
Branco, azul e lilás
Por que não o rinoceronte
Que mora perto da fonte

Ouvi de uma atriz da globo
Lá, onde só tem bobo
Que ela ia passar a faca
Depois de deitar na maca
Foi o que ela fez
O nome dela é Inês
Até que ficou legal
Por isso não acho mal
Operar o rinoceronte
que mora perto da fonte

Final da história é
Que operaram o mané
O pobre do rinoceronte
Que mora perto da fonte

Mas agora o danado
Que vivia meio voado
Decidiu ficar mais bobo
E virou ator da globo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O brandão

Olhavam-no de longe
E imaginavam-no brando
Somente impressão
O que se enxergava de perto
Era no fundo um brandão

(Saudações ao amigo e leitor Lucas Brandão - www.abraobico.blogspot.com)
Fonte para brando e brandão: www.dicionariodoaurelio.com

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Haitir

Haitir
Se tornou
Verbo comum
Na verdade
Haitir
Entrou
No dicionário
Haitimos
Todos os dias
No
rádio
TV
impresso
Haitícias
Diárias
Quando
Nos
Encontramos
Na rua
Dizemos
Hai pra ti
Hai pra ti também
O verbo se espalha

Haitimoto
72000 haitimortos
População
Haitida pelas ruas

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Noite coruja

A noite hoje se vestiu de coruja
Parou na porta de casa

Dentro de mim

Não quero amor
Nem sexo
Somente Narciso
Dentro de mim

Não quero flores
Nem chocolate
Somente ausência
Dentro de mim

Não quero música
Nem barulho
Somente o eco
Dentro de mim

Não quero paz
Nem guerra
Somente frieza
Dentro de mim

Eu quero...
Eu quero...
Eu quero...
Dentro de mim

domingo, 17 de janeiro de 2010

Imperativo

Senta e come
Sente a fome

Suspira e chora
Respira e implora

Olha e deseja
Repara e peleja

Imperativo
Nosso modo verbal

Em tudo

Em todo fim de madrugada, a luz do sol
Em toda luz do sol, um prenúncio da noite
Em toda noite, a certeza de silêncio
Em todo silêncio, um crime
Em todo crime, uma suspeita
Em toda suspeita, uma confissão
Em toda confissão, uma renúncia
Em toda renúncia, uma expiação

Poesia, poesia, de onde surgiste?
De onde, incansável desejo
Deixa-me em paz
Dá-me descanso

Em todo descanso, uma poesia

Meu nome é blog

Meu nome é blog
Da Silva, não, nem ferreira
Blog, simplesmente

Posso ser do João ou Maria
Ricardo ou Teresa
Mas serei sempre o blog

Luto

O Hortelãs Hidropônicas se solidariza com as milhares de vítimas atingidas pelo terremoto do último dia 12, no Haiti. Apesar dos esforços, sabe-se que as chances de se encontrar sobreviventes é cada vez mais remota, dada a intensidade da destuição e as dificuldades nas buscas.

Entretanto, apesar do sofrimento e da dor da perda, a tragédia vem revelando um mundo humano, em que países, entidades e associações independentes, juntaram esforços para que os sobreviventes e o restante da população pudessem se reerguer. Nesse sentido, é válido qualquer esforço, por menor que seja.

São constantes cenas de repórteres que param seu trabalho para dar de beber aos feridos e soldados que enchem os olhos de lágrimas ao encontrar um sobrevivente. Sabendo disso, este blog é parceiro de todos os envolvidos no terremoto e se coloca a disposição para a postagem de notícias, informações relevantes, atualizações de dados e comentários. Este post fica aberto às manifestações de apoio.

Mais do que apresentar números de vítimas e fotos chocantes, que espetacularizam e expõe ao ridículo a condição humana, o Hortelãs Hidropônicas acredita que as iniciativas pessoais valem mais do que mil imagens ou palavras. Nesse sentido, adota-se o seguinte símbolo como expressão do luto:

SOS Haiti

Segue abaixo conta para depósito de doações em prol das vítimas assoladas pelo terremoto do último dia 12, no Haiti. Não deixe de doar, sua participação é importante para que o país possa se reconstruir.

Banco do Brasil
Favorecido: Embaixada da República do Haiti no Brasil
Agência: 1606-3
Conta Corrente: 91000-7
Caso seja necessário, informe o CNPJ da embaixada: 04.170.237/0001-71

Mais informações, no site do Banco do Brasil

sábado, 16 de janeiro de 2010

Eu e Lucinha

Encontrei-a perdida em um bar
Com um cara que não ouso nem falar
Eu não acreditei
Que avistei
Minha amada nos braços de outro

Pedi-lhe então, em meio a um suspiro
Que me escutasse; eu, que por ela respiro
Requisitei em papel passado
Uma noite só, em que eu fosse seu amado

-Três noites te dou, serei tua, e tu serás meu
O que ela disse me surpreendeu
Combinamos, então, o encontro
Marcamos às três no mesmo ponto
Fizemos como tem que ser feito
Em segredo, como um crime perfeito
Era época de São João
Então ninguém saberia, pois todos soltavam rojão

Partimos então bem distante
Correndo, já ofegantes
E como num sonho nos amamos
E o melhor, sem grandes danos
Ninguém vigiava não
Só mesmo São João
Porque esse não tinha jeito
Tava por todo lado, vendo tudo que era feito

Mas o incrível, nessa loucura
É que São João não via feiura
Ele até gostava do que via
Por ver um filho seu na alegria
Eita noite arretada
Tinha amor, pé-de-moleque e cocada
Era eu e Lucinha

Quando vi que estava no fim
Aquela noite de eu, Lucinha e mim
Lembrei que a pobre coitada
Tinha me dado mais duas noitadas
Foi então que me acalmei
E mais duas vezes lhe beijei
-Ô, Lucinha, meu amor, não te esqueças da promessa
-Esqueço não, meu amor, terás três noites, não tenha pressa

Conclusão é que duas vezes mais nos encontramos
Tão intensas que nos apaixonamos
E Lucinha, toda amorosa
Decidiu largar o Feitosa
Pra ficar com o cabra bão
Que lhe deu o coração
O danado até que veio
Procurando por um freio
Na mais nova relação
Do interior do sertão

Chegou tarde, seu Feitosa
Sou eu que estou com a amorosa
Nem venha querer Lucinha
Pois a menina já é minha
O senhor que dava tudo
Dinheiro, ouro e veludo
Se esqueceu que a coitadinha
Não queria mordomia
Só queria um cabra doce
Que lhe desse o que preciso fosse
Para o seu pobre coração

Foi então que partimos
Pra bem longe fomos
Onde o feitosa não chega
E o coração se aconchega

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Carteira perdida

Uma carteira perdida
Um dia mal vivido

Se carteira fosse bom
Não começava com c de *

Até os documentos são uma m*
No meio de documento tem a palavra c*

Esse negócio de perder as coisas não é bom
Pra ninguém, nem mesmo pro mais desleixado

Se é com o poeta, é muito pior
Porque o danado escreve sobre qualquer m*

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ervilha

Ervilha
Ervia-lha verde pelos campos
Ela ervilha-me
E ervilhava de volta, vergonhosa

Ervi-lhos-iamos
De um canto a outro
Pelo matagal
Mas ela, erva+ilha, vivia ervilhada para dentro de si

De repente, uma erva na virilha
Seria uma ervilha?
Não sei, só sei que coçava
Errrr, vi-lha coçar por todo o dia

E nada podia fazer a não ser coçar
Coceira por causa de ervilha
Nunca ervilha visto
Mas existia

Finalmente, Ervilhamo-nos
E tivemos alguns ervilhos
Eram três
O Er, o Vi e o Lha

Juntos formavam o som
Que sempre tanto gostei
Era o som da pequena
Ervilha que eu amei

domingo, 10 de janeiro de 2010

Humanos

A existência humana é algo um tanto complicado de entender. Vivemos 60, 70 ou mesmo 80 anos e mesmo assim não entendemos um grão de arroz do que seja realmente este conceito subjetivo chamado vida.

Acredito que nascemos para simplesmente viver. É, passar em branco, deixar as coisas como estão, procurar simplesmente fazer parte da existência. Acho que seria o melhor a se fazer, uma vez que não temos o controle de nada e não podemos mover uma palha para mudar o ciclo natural das coisas.

Mas de vez em quando penso que alguma atividade seria importante. Qualquer coisa, nem que seja uma simples caminhada diária, para tirar o peso da consciência de sobre nós. Para chegarmos ao fim da vida, olhar para trás e ter a sensação de algo realizado, algo vivido. Os nossos netos perguntariam: vovô, o que o senhor fez da vida? e nós logo responderíamos: ah, meu querido, deixa eu te contar uma aventuras que fiz, caminhando por aí.

Mas quem sabe se ir mais além seria a melhor solução? Além de aventuras, procurássemos nos ligar à qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Que seja um amuleto, uma peça de mesa de jantar, um animal de estimação. Sabe o tipo da coisa que a gente faz só para não dizer que não passou batido? Pois é, um animal de estimação seria legal, assim, só pra ter uma companhia mesmo.

Existir seria tão mais fácil se nos voltássemos ao nosso umbigo e fizéssemos só aquilo que nos desse na telha. Mas aparentemente não é bem assim.

E os humanos? Ah, os humanos, tão esquecido neste texto, mas que são de fundamental importância para a existência de qualquer um. No fundo, no fundo, acredito que é com eles que devemos viver, não com cachorros, amuletos ou aventuras. Talvez se prestássemos um pouco mais de atenção veríamos que a existência teria um pouco mais de sentido e poderíamos nos entregar mais facilmente aos relacionamentos, aos amores, às famílias. Finalmente, concluo o texto com um pensamento que me veio à cabeça: se procuramos ser um pouco mais humanos, acabamos encontrando o sobrehumano.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Promoção relâmpago

Hortelãs Hidropônicas lança sua primeira e exclusiva promoção: o visitante que responder da maneira mais criativa a pergunta "O que você faria com dois pacotes de Hortelãs Hidropônicas?" ganha nada mais nada menos que dois pacotes de Hortelãs Hidropônicas. Segundo e terceiro lugar serão contemplados com um pacote.
Para participar é muito simples: mande sua resposta neste mesmo post (como comentário) juntamente com endereço e telefone para contato. A promoção tem duração de dez dias, podendo ser prorrogada com aviso prévio. O prêmio será entregue em sua casa logo que sair o resultado.
Não deixe de participar, essa é uma chance única e exclusiva de receber em sua casa, ninguém mais, ninguém menos que Hortelãs Hidropônicas.

Torne-se um membro de Hortelãs Hidropônicas você também: vá em seguir na barra lateral do blog, insira a conta de sua preferência (google, twitter) e pronto, você fará parte do nosso time.

Ass: Hortelãs Hidrôpônicas

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Espasmos - Não tinha outro título

É engraçado como as pessoas adivinham o que nós estamos pensando e fazendo. Esses dias eu ia ao médico, como todos já sabem (aliás, eu estou com amigdalite) e liguei para a secretária. Perguntei se ainda dava tempo de ser consultado. Ela, sem pensar, falou: "Pode descer sim". Como nos ceus ela sabia que minha casa fica acima da altura da clínica?
Outra situação acontece com um casal de namorados: o rapaz nem abre a boca e a garota já diz: Não precisa falar nada, eu sei em que você está pensando. Como assim?!?!?! Agora namoradas também são futurólogas?
E quando você tem que tomar uma benzetacil nos glúteos e a dor é insuportável (aliás, essa é uma coisa que eu fiz hoje). Quando você conta pra um amigo ele diz: eu sei como você deve estar se sentindo. Sabe o caramba, quem sabe sou eu, que fiquei com a bunda doendo até agora.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Frase do dia

Vi certa vez a seguinte frase: "O repórter é um anatomista. A notícia é o cadáver."

Eu iria mais além e afirmaria que tanto o repórter quanto a notícia morreram.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Jornalista é acometido de mal desconhecido - Mesmo o texto sendo pequeno, não hesitei em colocar um título enorme

O jornalista Felipe Homsi está com uma tremenda moleza no corpo desde a tarde desta segunda feira, 4. O mal é resultado de vai saber o que, e pode ser qualquer coisa: dengue, hepatite, hemorróida, trompas de falópio e eustáquio, otorrinolaringologia, asa de frango, quibe de dedo, centopeia empinada, enfim, tudo.

O doente (e não acho outra palavra para designar meu acometimento) diz ter começado o dia bem, indo ao médico para uns exames de rotina. Mas durante a jornada, enquanto o calor castigava até o cantinho do perímetro sovacal, sentiu uma certa tonteira, febre, dor de cabeça e coisas que não ouso dizer.

Queria escrever coisa grande, mas não estou com saco. Com licensa e boa noite.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Sobre subir montanhas

- Eu costumava subir montanhas. Por que você não faz o mesmo?
- Subir montanhas?
- É, por que não tenta algo assim? Suba montanhas
- Por que eu me daria ao trabalho?
- Suba montanhas. É a melhor maneira de sair desse lamaçal em que você entrou
- Eu não quero subir montanhas
- Vai subir, sim
- Não vou
- Vai!
- Não vou, não vou, não vou
- Suba montanhas, suba montanhas, suba montanhas, suba montanhas!!!!
- Não, essa voz no meu ouvido não, no meu ouvido não
- Suba montanhas, suba montanhas, suba montanhas, ahahahahah
- Não quero subir montanhas, sai voz, sai vozinha chata
- Suba montanhaaaaaaaassssss
- Sai Sai Sai

E a voz continuou por horas a fio. Resultado: ele finalmente resolveu subir montanhas

sábado, 2 de janeiro de 2010

Aviso de mudanças

Caros leitores hidropônicos,

O blog vai passar por algumas mudanças, como já puderam perceber nas novas cores e fontes. Tudo isso é para que você possa ter uma experiência cada vez mais hidropônica. Deixo esta postagem para que façam sugestões e críticas quanto às alterações. Att,

Hortelãs Hidropônicas

Sensações

Teu olhar sussurrou
E eu ouvi

Tua boca falou
E eu vi

Tuas mãos acenaram
E eu senti

O balanço de tuas mãos
Lançou perfume sobre mim

Senti, escutei, vi
O avesso das sensações

Erasmus

On se réveille
Et on sait pas l'heure

On mange des pâtes
Avec n'importe quoi

On fait la fête, on danse
On en sort tard

Pour les Erasmus la vie est comme ça
On se rend pas compte des jours et nuits

Le temps passe, on voit pas
La vie reste arrêté

Rien ne bouge, c'est just la joie
Erasmus, un temps pour rétenir dans la mémoire

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ano novo hidropônico

O Hortelãs Hidropônicas deseja a todos um ano novo hidropônico, cheio do hidroponismo que é típico dos grandes. E como dizia o profeta ahuahuùùù 2°: "O verdadeiro hidroponismo está nas pequenas coisas, por isso, quando andar na rua, cuidado para não tropeçar no pequeno anão que passa".