sábado, 5 de dezembro de 2009

Um dia na história do jornalismo

Hoje conheci uma das pessoas que estiveram presentes na criação da televisão brasileira. Não é um empresário como Assis Chateaubriand, ou os fundadores da TV Tupi, mas trabalhou por lá.O nome dele é Benedito Vidal, um ex-linotipista do Diário dos Associados, que funcionava em São Paulo.

Só para relembrar, o Diário dos Associados deu origem ao primeiro canal de televisão do país, a TV Tupi. Chateaubriand, o dono, comprou dos Estados Unidos algumas antenas, transmissores e distribuiu alguns televisores pela cidade, garantindo assim que o sinal chegasse a uns poucos lares e estabelecimentos comerciais.

O seu Benedito, depois de um tempo no Diário, depois de tanto visitar a redação e dar uns pitacos de vez em quando, acabou passando de linotipista para redator e depois para repórter. "Tinha o jornalismo na veia", afirmou. Acabou ficando por lá, por vários anos.

Conheci seu Benedito por acaso, em uma das entregas de currículo que tenho feito ultimamente, a procura de emprego. Ele não tem nem o ginásio completo, mas domina com maestreza a arte de escrever.

O seu Benedito exemplifica a situação de inúmeros jornalistas que mergulham nessa profissão por prazer, paixão mesmo. São profissionais de TV, Rádio, Impresso, que entram a fundo na tarefa de colher as informações e repassá-las ao público, qualquer que seja.

Eu estou nesse meio. É um tanto complicado: concorrência, disputas internas, linhas editoriais a serem seguidas, tudo isso às vezes desanima. Mas existe uma coisa que não muda: jornalista é jornalista am todo o momento.

São anônimos que se entranham nas redações trabalhando para que a informação saia quentinha, como pão francês na padaria, todos os dias. Enfrentam chuvas, deslizamentos de terra e até terremotos.

Sua profissão é um tanto ingrata, nem sempre são recompensados pelo que fazem. Mas continuam. E a eles minha homenagem hoje.

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