sábado, 15 de agosto de 2009
Quero colocar um título, mas não consigo pensar em nada
Este texto que você está lendo agora foi colocado unicamente para aumentar o número de postagens do meu blog. Dúvidas, reclamações, choros, desabafos, amores mal resolvidos, trabalho de macumba que te faz sofrer e tudo o que envolve o blog, resolve é comigo mesmo. Liga no 9695 4572.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Das 03:50 às 04:07
03:50 - Tenho que acordar às 06:15, mas não consigo dormir. Uma situação nada hidropônica pra quem tem costume de deitar e logo pegar no sono. Não sei o que tem acontecido nos últimos dias, parece que o sono simplesmente não vem. Deve ser pelo fato de meu relógio biológico estar um pouco desregulado nessa fase de ócio, pós-faculdade. Procurando emprego, só me resta passar as madrugadas a ler qualquer coisa interessante pra fazer o tempo passar mais rápido. Ou então, acabo por postar um texto no meu blog.
Mas enfim, o motivo de escrever a essa hora foi pra matar a saudade de você, leitor. Faziam falta esses momentos de intimidade proporcionados pelo compartilhamento de informações que há entre nós. Eu escrevo, você comenta, e assim continuamos nossa relação por meses a fio. Você é chato às vezes, é verdade, e eu um tanto quanto exigente, mas a gente parece se acertar. Vejo que o tempo não foi capaz de romper nossa relação, permanecemos fiéis um ao outro. E olha que foram algumas brigas, como naquele texto em que eu me indignei com você, se você se lembra, o Idiotices Hidropônicas. Você tinha razão, na verdade, a linguagem daquela produção poderia ter sido um pouco mais popular, digamos, sem muito rebuscamento. Mas pensa bem, o que seria do escritor se ele não colocasse um pouco mais de intriga, de desafios para os seus queridos e estimáveis leitores? Ele resumiria a sua existência a ser um mero repetidor de frases, expressões, jargões que se veem por aí na rua. E o seu fim estaria próximo (exagero, pra variar).
O que posso dizer de você, leitor, se não o fato de ser um bravo, um guerreiro, que suporta firmemente durante madrugadas a leitura de textos pertencentes a um autor antes desconhecido. Gosto de você. Você que lê mesmo sem querer, você que lê porque gosta, você que não tem mais o que fazer, a não ser ler coisas inúteis, você que lê só pra dizer que é uma bosta, você que tira catota do nariz enquanto lê, você que lê cagando, enfim, você. Obrigado, leitor, te amo, migucho. 04:07
Mas enfim, o motivo de escrever a essa hora foi pra matar a saudade de você, leitor. Faziam falta esses momentos de intimidade proporcionados pelo compartilhamento de informações que há entre nós. Eu escrevo, você comenta, e assim continuamos nossa relação por meses a fio. Você é chato às vezes, é verdade, e eu um tanto quanto exigente, mas a gente parece se acertar. Vejo que o tempo não foi capaz de romper nossa relação, permanecemos fiéis um ao outro. E olha que foram algumas brigas, como naquele texto em que eu me indignei com você, se você se lembra, o Idiotices Hidropônicas. Você tinha razão, na verdade, a linguagem daquela produção poderia ter sido um pouco mais popular, digamos, sem muito rebuscamento. Mas pensa bem, o que seria do escritor se ele não colocasse um pouco mais de intriga, de desafios para os seus queridos e estimáveis leitores? Ele resumiria a sua existência a ser um mero repetidor de frases, expressões, jargões que se veem por aí na rua. E o seu fim estaria próximo (exagero, pra variar).
O que posso dizer de você, leitor, se não o fato de ser um bravo, um guerreiro, que suporta firmemente durante madrugadas a leitura de textos pertencentes a um autor antes desconhecido. Gosto de você. Você que lê mesmo sem querer, você que lê porque gosta, você que não tem mais o que fazer, a não ser ler coisas inúteis, você que lê só pra dizer que é uma bosta, você que tira catota do nariz enquanto lê, você que lê cagando, enfim, você. Obrigado, leitor, te amo, migucho. 04:07
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Comentários hidropônicos
Galera, sejam muito bem vindos ao Hortelãs Hidropônicas. Não deixem de postar comentários nos textos abaixo para que o hidroponismo seja cada vez mais aprimorado. Abraços!!!!
domingo, 9 de agosto de 2009
Ai
Fui ao médico esta semana fazer um exame de rotina. Nada demais, não fosse o local a ser realizado o procedimento. - É lá mesmo, doutor? – É, meu filho, não vai ter jeito, os exames de sangue não detectam alguns problemas nas glândulas prostáticas (próstata). Vai ter que ser no toque, mesmo, responde o doutor, com um ar tão frio que lembrou um passarinho que criava em uma gaiola aqui em casa e um dia amanheceu morto, gelado. Os médicos as vezes são maus; nem percebem que por trás de um pobre paciente existe um pai de família, que até aquele momento guardou o estatuto de homem da casa. Toda essa qualificação viria abaixo naquele dia; o que pensaria Genaro, Cláudio, Antônio, meus companheiros, meus amados, meus queridos? O que diriam quando eu lhes contasse que fui submetido a um exame de próstata.
Todas aquelas questões vinham à minha cabeça quando o médico foi dizendo: - Senta de lado na cama, meu jovem, vai ser rápido, o cínico afirmava insistentemente, cruelmente, de maneira muito, muito, muito malvada mesmo. Eu pergunto, já indefeso: - Vai doer, Doutor – Olha, a medicina não é uma ciência exata, não podemos afirmar nada com exatidão. – Como assim, doutor, não sabe se vai doer? Ah, não, desse jeito o senhor está me assustando. Eu venho aqui com o maior custo pra fazer o exame e o senhor me diz isso? – Foi só uma brincadeira, meu jovem, eheheheheh; Pode ser que doa um pouco, debochou o psicopata sádico. – Tudo bem, doutor, pode continuar, mas quero que o senhor me prometa fazer algo para pelo menos esquecer a dor depois. – Como assim esquecer a dor, meu jovem? – uai, um exame desse tipo é pra banir da mente, não? Trata de me fazer esquecer a dor – Tudo bem, vamos ver o que podemos fazer.
Viro de lado. A sensação era de total vulnerabilidade e fragilidade. Eu estava diante de um monstro sádico, insano, sem coração, muito, muito, mas muito malvado mesmo. Vejo-o um pouco longe colocando as luvas e os óculos. Pra quê os óculos? Não entendi muito bem por que um médico precisaria de óculos para um exame de próstata, mas bem, não vou entrar no mérito da questão. Só sei que a cena era bizarra... e perigosa até!!!. Ele vem, eu vejo sua imagem ficando cada vez mais próxima. Com um golpe violentíssimo, vira minha cabeça para o lado contrário para não ver a cena. Prepara o braço, aponta o dedo. .. e pimba!!! Acerta em cheio, de primeira. O filho da mãe não passou nem o gelzinho e tava lá fazendo o exame mais constrangedor que eu faria em toda a minha vida. Depois de gemidos e mais gemidos de dor, o procedimento passa. Mas aquilo tudo ficaria na memória por muito tempo. Não é algo que se esqueça com tanta facilidade; é fora do comum, só quem passa por isso para saber.
Seria um trauma enorme, não fosse a ação rápida do médico. – Tenho uma técnica trazida da Alta Escola de Manhattan que faz esquecer a dor rapidamente. – e qual é, doutor? Antes de me responder, o cabra me dá uma pancada daquela bem no meio das bolas. – Que é isso, doutor, por quê você fez isso? – Você ta pensando em que? – uai, que pergunta, na dor do saco, caramba!!!!! – Pois bem, você esqueceu da dor do exame, agora pode ir para casa. Pagamento no guichê de número 2, com a senhora Almerila, favor não se esquecer.
Todas aquelas questões vinham à minha cabeça quando o médico foi dizendo: - Senta de lado na cama, meu jovem, vai ser rápido, o cínico afirmava insistentemente, cruelmente, de maneira muito, muito, muito malvada mesmo. Eu pergunto, já indefeso: - Vai doer, Doutor – Olha, a medicina não é uma ciência exata, não podemos afirmar nada com exatidão. – Como assim, doutor, não sabe se vai doer? Ah, não, desse jeito o senhor está me assustando. Eu venho aqui com o maior custo pra fazer o exame e o senhor me diz isso? – Foi só uma brincadeira, meu jovem, eheheheheh; Pode ser que doa um pouco, debochou o psicopata sádico. – Tudo bem, doutor, pode continuar, mas quero que o senhor me prometa fazer algo para pelo menos esquecer a dor depois. – Como assim esquecer a dor, meu jovem? – uai, um exame desse tipo é pra banir da mente, não? Trata de me fazer esquecer a dor – Tudo bem, vamos ver o que podemos fazer.
Viro de lado. A sensação era de total vulnerabilidade e fragilidade. Eu estava diante de um monstro sádico, insano, sem coração, muito, muito, mas muito malvado mesmo. Vejo-o um pouco longe colocando as luvas e os óculos. Pra quê os óculos? Não entendi muito bem por que um médico precisaria de óculos para um exame de próstata, mas bem, não vou entrar no mérito da questão. Só sei que a cena era bizarra... e perigosa até!!!. Ele vem, eu vejo sua imagem ficando cada vez mais próxima. Com um golpe violentíssimo, vira minha cabeça para o lado contrário para não ver a cena. Prepara o braço, aponta o dedo. .. e pimba!!! Acerta em cheio, de primeira. O filho da mãe não passou nem o gelzinho e tava lá fazendo o exame mais constrangedor que eu faria em toda a minha vida. Depois de gemidos e mais gemidos de dor, o procedimento passa. Mas aquilo tudo ficaria na memória por muito tempo. Não é algo que se esqueça com tanta facilidade; é fora do comum, só quem passa por isso para saber.
Seria um trauma enorme, não fosse a ação rápida do médico. – Tenho uma técnica trazida da Alta Escola de Manhattan que faz esquecer a dor rapidamente. – e qual é, doutor? Antes de me responder, o cabra me dá uma pancada daquela bem no meio das bolas. – Que é isso, doutor, por quê você fez isso? – Você ta pensando em que? – uai, que pergunta, na dor do saco, caramba!!!!! – Pois bem, você esqueceu da dor do exame, agora pode ir para casa. Pagamento no guichê de número 2, com a senhora Almerila, favor não se esquecer.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Sem título
O filho estava para chegar em casa. Todos estavam a sua espera, era o dia de apresentar a namorada nova a todos da casa. Pai, mãe, irmãos, todo mundo estava aguardando ansioso, empolgados com a idéia de que Júlio finalmente ia desencalhar. Já com 43 anos de idade, o filho mais velho era considerado um caso perdido, ninguém esperava mais que a essa altura fosse encontrar uma companheira. “O moleque passou da época, vai viver agora só de trabalhar. O pobre coitado nem se dá ao trabalho de aparar os pelos do corpo mais, pois não lhe serviria de nada fazê-lo”, dizia o pai, seu Antônio, que se orgulhava de ter casado os outros dois, Alfredo e Cláudio, além de Estella, mas amargava o sofrimento de ver o primogênito solteirão.
Já a Mãe preferia tudo como está, não queria ver o filho enrolado com esposa nenhuma não. “o menino conquistou tudo; é rico, tem muita grana e sustenta todo mundo da família. Pra quê casar agora? Vai arrumar só problema, mulher aproveitadora”, afirmava a matriarca.
Os irmãos nem diziam que sim nem que não, ficavam em cima do muro. Muitas vezes apresentaram pretendentes, que vinham de todo canto, mas nunca deu em nada. Quando estava para dar certo com alguém, eles se metiam e diziam que não, que era melhor não arriscar. O rapaz, então, desistia e continuava solteiro.
Mas naquele dia, tudo iria mudar. Jason chega, uns vinte minutos atrasado, mas chega. Logo de cara apresenta a namorada: era o Geraldo, colega de faculdade por quem se apaixonara e mantivera um relacionamento escondido durante os anos de estudo. Rapaz alto, moreno, olhos claros, corpo musculoso, enfim, um gostosão. Jason é baixinho, bigodudo, feio, digamos; é claro, se considerarmos os padrões de beleza estabelecidos mundialmente pela mídia medíocre, mas que a gente adora.
“esta é a minha namorada”, afirma feliz e espontâneo como sempre. Mamãe grita, esbraveja e quebra alguns copos e pratos que estavam sobre a mesa. Os irmãos repreendem o garoto, como sempre e ignoram Geraldo. Mas Jason continua firme em seu propósito de integrar o rapaz à família. Sentam-se os dois a mesa (a pancadaria rolando solta, mas os dois começam a jantar) e esperam que o pai dê uma posição a respeito. Afinal, era ele quem dava as ordens e os pareceres da casa na maioria dos assuntos.
O velho fica calado por um tempo, uns cinco minutos. De repente, se levanta, dá uns passos em direção ao Geraldo, aproxima-se, dá-lhe uns beijos na boca, pega o rapaz pela mão e diz: - quer namorar comigo? – quero, responde Geraldo. Os dois saem de casa, pegam o carro e partem para bem longe dali.
Já a Mãe preferia tudo como está, não queria ver o filho enrolado com esposa nenhuma não. “o menino conquistou tudo; é rico, tem muita grana e sustenta todo mundo da família. Pra quê casar agora? Vai arrumar só problema, mulher aproveitadora”, afirmava a matriarca.
Os irmãos nem diziam que sim nem que não, ficavam em cima do muro. Muitas vezes apresentaram pretendentes, que vinham de todo canto, mas nunca deu em nada. Quando estava para dar certo com alguém, eles se metiam e diziam que não, que era melhor não arriscar. O rapaz, então, desistia e continuava solteiro.
Mas naquele dia, tudo iria mudar. Jason chega, uns vinte minutos atrasado, mas chega. Logo de cara apresenta a namorada: era o Geraldo, colega de faculdade por quem se apaixonara e mantivera um relacionamento escondido durante os anos de estudo. Rapaz alto, moreno, olhos claros, corpo musculoso, enfim, um gostosão. Jason é baixinho, bigodudo, feio, digamos; é claro, se considerarmos os padrões de beleza estabelecidos mundialmente pela mídia medíocre, mas que a gente adora.
“esta é a minha namorada”, afirma feliz e espontâneo como sempre. Mamãe grita, esbraveja e quebra alguns copos e pratos que estavam sobre a mesa. Os irmãos repreendem o garoto, como sempre e ignoram Geraldo. Mas Jason continua firme em seu propósito de integrar o rapaz à família. Sentam-se os dois a mesa (a pancadaria rolando solta, mas os dois começam a jantar) e esperam que o pai dê uma posição a respeito. Afinal, era ele quem dava as ordens e os pareceres da casa na maioria dos assuntos.
O velho fica calado por um tempo, uns cinco minutos. De repente, se levanta, dá uns passos em direção ao Geraldo, aproxima-se, dá-lhe uns beijos na boca, pega o rapaz pela mão e diz: - quer namorar comigo? – quero, responde Geraldo. Os dois saem de casa, pegam o carro e partem para bem longe dali.
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