03:50 - Tenho que acordar às 06:15, mas não consigo dormir. Uma situação nada hidropônica pra quem tem costume de deitar e logo pegar no sono. Não sei o que tem acontecido nos últimos dias, parece que o sono simplesmente não vem. Deve ser pelo fato de meu relógio biológico estar um pouco desregulado nessa fase de ócio, pós-faculdade. Procurando emprego, só me resta passar as madrugadas a ler qualquer coisa interessante pra fazer o tempo passar mais rápido. Ou então, acabo por postar um texto no meu blog.
Mas enfim, o motivo de escrever a essa hora foi pra matar a saudade de você, leitor. Faziam falta esses momentos de intimidade proporcionados pelo compartilhamento de informações que há entre nós. Eu escrevo, você comenta, e assim continuamos nossa relação por meses a fio. Você é chato às vezes, é verdade, e eu um tanto quanto exigente, mas a gente parece se acertar. Vejo que o tempo não foi capaz de romper nossa relação, permanecemos fiéis um ao outro. E olha que foram algumas brigas, como naquele texto em que eu me indignei com você, se você se lembra, o Idiotices Hidropônicas. Você tinha razão, na verdade, a linguagem daquela produção poderia ter sido um pouco mais popular, digamos, sem muito rebuscamento. Mas pensa bem, o que seria do escritor se ele não colocasse um pouco mais de intriga, de desafios para os seus queridos e estimáveis leitores? Ele resumiria a sua existência a ser um mero repetidor de frases, expressões, jargões que se veem por aí na rua. E o seu fim estaria próximo (exagero, pra variar).
O que posso dizer de você, leitor, se não o fato de ser um bravo, um guerreiro, que suporta firmemente durante madrugadas a leitura de textos pertencentes a um autor antes desconhecido. Gosto de você. Você que lê mesmo sem querer, você que lê porque gosta, você que não tem mais o que fazer, a não ser ler coisas inúteis, você que lê só pra dizer que é uma bosta, você que tira catota do nariz enquanto lê, você que lê cagando, enfim, você. Obrigado, leitor, te amo, migucho. 04:07
Nenhum comentário:
Postar um comentário