Hoje como de costume fui ao supermercado. Procurava alguns produtos hidropônicos, coisa pouca: legumes, frutas e verduras. Estavam em falta na ocasião, então logo desisti. Como ainda tinha que comprar leite, fui direto às prateleiras específicas, achando o produto com facilidade. Chegando lá, deparei com um anúncio que dizia “promoção, leite a R$ 1,89” escrito em uma plaquinha colocada ao lado de algumas caixas avulsas. Na parte inferior da placa, com letras muito, muito, mas muito pequenas mesmo um aviso dizia: “máximo 1 caixa por cliente”. Sacooo!!!! Qual é a vantagem para um supermercado de vender uma caixa por cliente de um produto que está na promoção? Imagina quantas pessoas não precisam passar por ali para chegar ao fim do estoque, pensei.
Resolvi, então, falar com uma jovem que estava ali perto, olhando o mesmo leite que eu, atenta ao que estava fazendo. Jovem, sabem, uns 85 anos, a mais nova que encontrei em plena tarde de sexta-feira no supermercado Rio Vermelho de Anápolis. Uma velhinha que sobrava saúde: dois marcapassos, três cateterismos, oito pontes de safena, enfisema pulmonar, hemorróidas problemáticas, mas em plena forma, forma de cabo de vassoura.
Perguntei, então, em tom de desespero, um tanto hidroponizado até com aquela situação, qual seria a lógica daquilo tudo. Eu, inocente, puro, não experimentado pela vida, sem aquela malícia de um astuto, não sabia o que estava por vir. Após algumas insistências minhas em arrancar um comentário da velha, tomo um chute no saco e uma guardachuvada na cabeça seguida da exclamação: “presta, atenção, seu moleque F* da P*, não tá vendo que eles tão falando da caixa com doze pacotes de leite?”. Lição aprendida: Sempre que houver uma promoção, é bom que não haja uma velhinha por perto, pode ser perigoso.
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