sábado, 4 de julho de 2009

Jornalista Maria Amélia

A entrevista com dona Maria Amélia Lôbo havia sido marcada com certa antecedência, dez dias antes da data na qual foi realizada, aproximadamente. Sem fornecer um dia exato no qual iria falar, a senhora de 70 anos, ex-instrutora de trabalhos manuais no extinto Instituto Dom Bosco e hoje aposentada, aceitou com aparente facilidade conceder entrevista. “passa aí, no que a gente puder ajudar pra você fazer o seu trabalho a gente faz”, disse, expressando um ar tranquilo, o mesmo com o qual se apresentava todos os dias. Moramos na mesma rua, a Doutor Faustino.
Demorei uma semana para procurá-la novamente, talvez por receio de incomodá-la, ela que tem seus afazeres diários e cuida da mãe, Benedita Lobo Dias, de 88 anos, de saúde já debilitada pela idade. Era 24 de maio, domingo, quando bati à porta da casa que se encontra na Rua Doutor Faustino para ver se conseguia alguma coisa. Maria Amélia atende a porta, tranquila como sempre, a feição forte, de cor morena, os olhos fundos, de pálpebras protuberantes, cansada talvez.
Ela se aproxima sem falar nada, como de costume, sem dizer nem mesmo oi. Sempre espera uma reação, sem nunca iniciar uma conversa. “Tudo bem, Dona Maria Amélia?”, pergunto. “Tudo bem”, responde. Daí para a frente a conversa começa, com poucas palavra da parte dela, é certo, mas nada que atrapalhe o objetivo final. A conversa inicia-se mesmo é com a pergunta: “A que horas posso vir fazer a entrevista que a gente combinou?”, eu dizia, esperando uma resposta certa. Mas as palavras da aposentada nunca davam a certeza de que a entrevista aconteceria, ficava sempre uma incógnita e certa tensão no tempo da conversa. “Passa aí mais tarde, lá pelas seis horas, aproveita que vai ter outro amigo meu, ele pode ter mais informações pra ajudar na entrevista”, disse.
Um jornalista não poderia ouvir aquilo, uma resposta dessas não fazia parte das expectativas de um repórter que precisa atender às demanda de produção do local onde trabalha. Mas enfim, acertada a hora, fui embora, em dúvida, pensando na possibilidade de não conseguir o que queria.
Por conta de um imprevisto, não pude chegar no horário combinado. Eram já sete e meia da noite quando apareci por lá, já preocupado com a reação dela. Maria Amélia responde ao toque da campainha pela janela lateral, e fica parada pelos segundos mais tensos que já vivi como repórter, olhando somente, sem dizer uma palavra, um oi sequer, observando, unicamente. “Vim pedir desculpas, Dona Maria Amélia”. “Veio pedir desculpas?”, ela pergunta, sem expressar nada mais e se dirigindo à porta principal da casa. A explicação que dei sobre o atraso convenceu-a, aparentemente. “Fazemos a entrevista agora ou marcamos para depois?”, perguntei já tenso, como sempre. “Uai, você quem sabe”, ela responde. “Como é que a gente faz, eu passo aqui amanhã de manhã, ou...?”, insisto, ao que sou rebatido: “uai, é você quam tá precisando, você quem sabe”. Não sei bem ao certo dizer se aquela frase foi de repreensão pelo atraso ou se ela havia entendido que eu esperava que ela fosse à minha casa para ser entrevistada. Só sei que fiquei pensativo.
A entrevistada disse aquilo com a mesma tranquilidade de sempre, sem mostrar feição de braveza ou irritação. Era aí que uma parte da sua personalidade começava a se mostrar. Maria Amélia Lôbo apresentava os mesmos traços, a mesma feição quando sorria, quando ficava ansiosa, quando perguntava curiosa pelo motivo da entrevista. Ela tinha um olhar neutro, nem brava, nem calma, nem alegre nem triste, os aspectos da sua fala, o olhar, a maneira como gesticulava não apresentavam nenhuma característica particular. No meu caso, ela dificultava ainda mais o trabalho de reportagem que estava para ser feito. Seria preciso adivinhar como é Maria Amélia, pensei, um tanto quanto preocupado com aquilo. Como pode alguém expressar da mesma maneira quando está triste ou quando está alegre?, pensava, já cativado por seu jeito particular.
"Passo amanhã, lá pelas oito horas, está bom para a senhora?”, indago, já um tanto quanto desesperançoso. “É melhor lá pelas nove horas, né? Mas pode ser que eu esteja fazendo alguma coisa, tenha saído para o supermercado. Normalmente se eu saio vou ao supermercado”, ela fala, deixando mais uma incógnita: Será que ela vai estar lá amanhã às nove horas?. A noite passaria e aquela pergunta ficaria guardada até o outro dia, 25 de maio, segunda-feira.
Ela se despede e entra de volta para casa, ao passo que eu tomo o caminho de volta pela Rua Doutor Faustino. Aquela rua tinha uma certa particularidade, algo que me atraía como repórter e como morador, talvez por isso tenha escolhido uma pessoa daquela localidade para a entrevista. Minha lembranças da vida de criança passam por lá, todas as minhas boas memórias de infância estão guardadas naquele local considerado por mim sagrado. Foi lá que quebrei o braço andando de bicicleta, lá que jogava bola, lá que atentava os vizinhos, jogava coisas na casa dos outros, entre outros. Sou apaixonado por aquela rua, a rua Doutor Faustino, Bairro Jundiaí, CEP 75113-000. Mas no fundo a rua pouco tinha a ver com a escolha da entrevistada. Na verdade ela foi um pano de fundo, uma desculpa para chegar à casa daquela mulher que sempre me intrigou. Sempre que passava por lá, olhava aquela senhora, esperando uma oportunidade de um dia poder entrevistá-la, entrar em sua casa, conhecer um pouco mais desta senhora com hábitos tão tradicionais.
Ela é o tipo da pessoa que se debruça na janela de casa para ver os carros e as pessoas passarem. Acho que no fundo foi isso que me atraiu. Não era possivel que esse tipo de gente existisse ainda, era fora da realidade, algo inimaginável para o tipo de vida urbana com a qual estamos acostumados. Mas ela estava ali, sempre do mesmo jeito, pacata, sem extravagança, sem traço algum daquilo que conhecemos hoje por vida urbana. Ela carregava mais do que o jeito de uma pessoa que havia passado grande parte da sua vida no meio rural, era mais do que isso: Maria Amélia havia guardado os bons costumes, a política da boa vizinhaça, o hábito de olhar nos olhos quando fala, de dizer bom dia toda vez que vê um conhecido, parar para conversar, observar o tempo, chamar para comer um pão de queijo. Essas são algumas das características mantidas ainda hoje pela entrevistada, que insisto em chamar por esse nome por falta de vocabulário que me venha à mente no momento. Ela era mais do que uma entrevistada para mim, considerei-a uma amiga. Sempre que conversava ela apresentava em sua fala traços do que seria confirmado no dia da entrevista: que é uma pessoa amável.
Tudo o que foi dito até agora sobre Dona Maria Amélia esteve presente exclusivamente no âmbito da observação. Ela deve ser desse jeito mesmo, não é só impressão, eu pensava, sem nunca ter colocado os pés dentro da sua casa. Dormi mais cedo que de costume no domingo, 24, com o objetivo de acordar mais na segunda para a entrevista. Coloquei o despertador para 7h50. O que foi em vão, acabei me levantando somente às 8h20, às pressas para tomar banho e me arrumar para o encontro. Consegui me ajeitar a tempo, chegando dez minutos atrasado, somente. Saí de casa, caminhei meus cem metros e bati à porta de Maria Amélia.
Ela atendeu, desta vez a porta da frente, mas depois de dois ou três minutos, mais ou menos, tempo de sobra para que a tensão surgisse. Veio então, ao portão, com a mesma feição neutra e enraivecedora, até. Cumprimentâ-mo-nos, como de costume. Mas desta vez, ela não esperou reação alguma. Foi direta, sem nem mesmo esperar pela pergunta. “To dando café para a minha mãe. É que ela acorda às vezes mais tarde, então é bom deixar ela tomar café mais tranquila, né?”. “Não tem problema não”, digo, concordando com ela quanto a dar preferência para Dona Benedita, mas pensando ao fundo que aquilo poderia ser o fim das tentativas de entrevistar aquela senhora.
O sentimento agora era de desistência, de guerra perdida, não conseguiria mais cumprir o meu papel de repórter, tão facilmente cumprido nos trabalhos realizados no curso de jornalismo da Universidade Federal de Goiás mas que agora parecia um obstáculo intransponível. Era tudo tão fácil, tão bom de se fazer, lead, sublead, retranca, a fórmula estava pronta, era só colocar no papel. A sensibilidade nestes casos era deixado de lado. Mas com Maria Amélia era impossível recorrer aos modelos prontos dos livros. Ela era uma nova teoria a se descobrir, um novo modelo comunicacional. Até o momento desconhecia essa nova forma de se ouvir a fonte e de se escrever com critérios que não o da produção pura e simples. Eu aprendia a mergulhar no que fazia. Talvez foi isso que aprendi recentemente sobre uma nova vertente do jornalismo, o jornalismo literário. Para realizar esse tipo de escrita, é preciso passar por um momento de imersão, é preciso fazer parte da história. Enfim, prefiro não entrar nos detalhes, se não estaria criando uma nova fórmula. Não é esse o objetivo aqui.
O jeito aparentemente indiferente de Maria Amélia continuava, parecia que não se preocupava com aquele que estava do outro lado do portão, esperando ansiosamente. “Como a senhora prefere que a gente faz, eu volto daqui a pouco para a entrevista?”, questiono, insistindo mais uma vez. “Tá ficando difícil, né?”, ela responde, mais uma vez, sem dar mais pistas, mostrando uma espécie de compaixão pelo repórter. “Eu volto daqui a pouco”, digo, então, agora sem saber se era aquilo que Maria esperava de mim. Ela concorda.
Cada volta para casa era um suplício. Já não importava o que ia fazer no tempo da espera, se ia tomar café, comer uma torrada, um pão ou beber um copo de suco. O que estava em jogo naquele momento era o interminável e agonizante momento de esperança e descrença do repórter. O controle da situação, pela primeira vez, não estava nas minhas mãos. Meu destino de estudante estava nas mãos de Amélia. Exagero, é claro. O fato é que aquilo não se decidia, a situação se prolongava, sabe-se lá até quando. Da hora em que saí da casa dela, às 9h20, uma hora aproximadamente havia se passado, deu tempo de comer alguma coisa e preparar mais umas perguntas para a entrevistada. Já deu tempo de dar café para a mãe dela, penso e logo parto para a sua casa. Chego e me aproximo do portão de Dona Maria Amélia.
A entrada principal da casa, que possuía uma varanda e um quintal ao fundo com pé de cana-de-açucar, flores diversas, possuía duas portas. Uma delas, transparente, deixava aparecer o que se passava lá dentro quando a outra, de madeira, estava aberta. Maria estava sentada no sofá da sala, eu observava. A luz, acesa, parecia indicar que ela estava a espera de alguém. Suas mãos mexiam em algo, não deu para observar o que era. Parecia que a aposentada estava esperando mesmo para a entrevista e que a demora em atender ao repórter foi proposital, talvez por nunca ter dado entrevistas e não estar acostumada ou por medo. Pode ser que ela pensava que aquilo tudo era invasão de privacidade. Não sei ao certo. Fato é que subitamente a desistência se transformou em esperança.
Ela veio. Abriu a porta transparente. Dirigiu-se ao portão passando pelo alpendre. Sorrindo me cumprimentou novamente. Abriu o portão. Fiquei parado, sem ação. “Entra”, ela disse. Entrei, aliviado.
Passo pela porta que dá direto na sala. Um cômodo simples, típico, com televisão, estante, tapete, fotos da família, alguns artefatos que decoravam. Um relógio de parede. O seu barulho constante, tic-tac, continuaria por toda a entrevista. Ele tocaria uma vez em uma hora da qual não me lembro, só sei que falávamos do pai dela, falecido antes do seu nascimento. “minha mãe contava que ele era muito bom, que ele era construtor”, diria. A mãe, sentada no sofá, cochilando, não fazia movimento algum, ficava no sofá com a cabeça em um travesseiro colocado por dona Amélia. É ela quem faz tudo pela mãe, dá comida, banho, veste roupa, tudo, praticamente tudo. “muito assim, ciumenta, não gostava que a gente saísse, tinha que saber das amigas, né?”. “hoje em dia não se prende os filhos tanto assim como era antigamente”, fala de Dona Benedita.
O cachorro, cujo nome não sei, havia me recebido aos latidos no portão. Ele se aquietou dentro da sala. Foi só Dona Maria Amélia fazer menção de fazer cantar o chinelo, ele parou de latir. Medo talvez.
Essa foi a cena de entrada. Nós nos sentamos logo em que entramos. O cachorro se calou depois. Foi aí que começamos a entrevista. Liguei o gravador e comecei a fazer algumas perguntas sobre alguns dados como data de nascimento, cidade onde nasceu, quando se mudou para a rua, entre outros. Parei o que estava fazendo para escrever esses dados ao invés de gravar. Parecia mais fácil. Foi aí que Dona Amélia me interpelou com um ar que pareceu desconfiança: “Por quê é que você tá me pedindo essas coisas?”, disse, mantendo a feição neutra. “É que o que estou fazendo aqui é um perfil da senhora, com base no que a senhora viveu e nas experiências que teve aqui na rua. Quero saber, na visão da senhora, como a rua mudou e como a senhora enxerga as mudanças que ocorreram. Talvez na primeira vez que a gente conversou não ficou bem claro”, digo, já temeroso de que ela não mais aceitasse ser entrevistada. “Ah”, ela respondeu. “A gente pode continuar, não tem problema para a senhora não?”, questiono. “Não, pode continuar, tem problema não”, ela responde novamente.
A entrevista então começa. Ligo, agora sim, o gravador, que parece não incomodar dona Maria Amélia. “Posso usar o gravador?”, pergunto. “Uai, você quem sabe”, diz. “É que tem gente que não gosta”, prolongo o assunto, desnecessariamente.
Até esse momento eu me dava por satisfeito. Dona Maria Amélia já estava decomposta, revelada nos poucos momentos em que nos encontramos. Os encontros ocasionais, as frases soltas, os sinais, a falta de clareza já haviam me mostrado boa parte do que a senhora de 70 anos apresentava. O trabalho de repórter já poderia se dar por satisfeito, pois o objetivo era traçar um perfil de um personagem qualquer. Já havia tudo de que precisava.
Mas não era eu quem ditava as regras daquele jogo de espera, e sim minha entrevistada. Falo aqui “minha” como que me sentindo íntimo dela. Quem estabelecia e conduzia era Maria Amélia, com seu jeito simples. “Feliz eu sou, né, graças a deus não tenho nada do que reclamar não, né?”, ela disse, com um ar de sinceridade e ternura inigualáveis. E esse jeito me cativava, como repórter e como pessoa. Sentia-me uma pessoa melhor, um ser humano menos apressado, alguém que não é tomado pelas situações do dia a dia. Aquela entrevista estava me mudando um pouco. Não que uma pessoa totalmente nova se formava, não, mas algo da ordem da realização pessoal ocorria. Eu sonhei por aquele momento o tempo todo e de repente estava lá, em sua casa, sentado em seu sofá, ouvindo os seus relatos e com ela vendo o tempo passar.
Era a primeira vez que ela concedia entrevista, da qual eu lhe prometeria uma cópia. “Pra mim guardar”, disse. Em um determinado momento, conversávamos sobre a vida pessoal de dona Maria Amélia. Sem filhos, não foi casada. “nem namorado nunca tive”. “Até que pensando bem foi bom, né? (risadas), hoje eu cuido da minha mãe, hoje os filhos tá tudo abandonando os pais, né? E ficar sozinha é a mesma coisa, né?”. “fiquei sozinha, mesmo, graças a deus, desimpedida de tudo”, afirma.
Algumas perguntas depois, encerro a entrevista e me preparo para ir embora, mas Dona Maria Amélia não parecia querer parar. “Esse aí vai cair no quê?, numa prova?”, ela pergunta. “Vai ser uma prova, eu tenho que fazer o texto e mostrar pra professora”, digo.
"É aqui mesmo que você tá?”, continua. “Não, em Goiânia, eu estudo na federal, Federal de Goiás, eu faço jornalismo, mas isso aqui não vai ser publicado não, é só a professora que vai ter acesso a ele e vai ser só pra matéria, só pra gente cumprir uma...”, respondo. “pra ver como que você está assim no serviço?”. “É, pra ver se eu eu to sendo um bom repórter”, respondo. Nesse momento começamos a rir, não sei porque, talvez pelo sentimento de intimidade, resultado da boa relação de vizinhança que sempre tivemos.
"E você, tá ainda com a menina?”, ela pergunta, continuando o ciclo de perguntas. “To não. A senhora conheceu ela?”. “Não, você que falou que ela não era daqui, né, parece que é de Goiânia”, rebate. “Eu namorei uma menina de Goiânia e a gente ficou três anos e seis meses namorando e terminamos”, digo. “E agora tá...”, ela fala, esperando que eu completasse. “Não, agora eu to igual a senhora, querendo viver mais livre também” (risadas). “Tá esperando encontrar uma agora?”, ela finaliza. Respondo já desconversando, desviando do assunto. Disse que era melhor esperar terminar a faculdade, resolver minha vida primeiro, arrumar trabalho e depois procurar uma namorada. Conversa de solteiro.
Ela tomou as rédeas da conversa, sem que eu percebesse. A partir de um dado momento os papéis foram invertidos. Ela perguntava e eu respondia. Me senti até bem com aquilo. Na verdade, comecei a perceber que era possível fazer jornalismo sem ser só factual e que as informações não eram reportadas simplesmente pelas mãos do repórter, mas construídas por pessoas como dona Maria Amélia, que permaneceu intacta em um mundo repleto de carros, cidades, luzes incessantes. Nos estávamos construindo o texto.
Fato é que de entrevistador passei a ser entrevistado. Pensei comigo: Dona Maria Amélia parecia estar com tudo pronto desde o início das perguntas, se preparando para intervir. Eu deveria saber que aquilo tudo não seria de graça, haveria um preço. Eu também deveria me expor.
Como quando tive dificuldades em marcar a entrevista, via agora o meu mundo consolidado de repórter novato desabar, cair por terra. Era tão diferente antigamente, eu fazia as perguntas, a pessoa respondia, eu ia embora, fazia o texto, entregava pra quem quer que fosse, e pronto, estava resolvido. Não havia nunca aquela necessidade de ficar por ali, conversando com a pessoa. Os laços não eram tão estreitos entre eu e o entrevistado quando aprendi o que é jornalismo. As coisas eram simplesmente feitas, só para cumprir agenda. Agora não, o que via era um mundo totalmente diferente, permeado de palavras e sentimentos, algo que não caberia nos livros de teorias da comunicação nem nas enciclopédias. O resto da entrevista? Ah, não preciso colocar, Maria Amélia já completou o trabalho.

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