O dia se fez noite
E eu nem sequer notei
A noite se fez dia
Era o amanhecer
O amanhecer pareceu bonito
E eu logo me entreguei a ele
E a entrega foi completa
Mesmo sem saber o fim
O fim das coisas
O fim de tudo
Mesmo em tom de dúvida
Me entreguei de todo
E aquilo pareceu bom
Ao menos no momento
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Dormir faz bem
Acordo de manhã
Desligo o despertador
Levanto
Preparo-me para ir ao trabalho
Pego o carro
Vou para o trabalho
Mas a vontade é de dormir
Desligo o despertador
Levanto
Preparo-me para ir ao trabalho
Pego o carro
Vou para o trabalho
Mas a vontade é de dormir
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Brinquedos
Quando era mais novo
Me deram um piu piu
Agora que sou grande
Me deram um frankenstein
Penso que depois
Terei o rei leão
Me deram um piu piu
Agora que sou grande
Me deram um frankenstein
Penso que depois
Terei o rei leão
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Sonho e realidade
Cada palavra que eu disse foi em vão
E ato algum teve força
Era tudo mentira, eu dizia
E a mentira virou modus vivendi
A rotina se tornou normalidade
E o sonho deixou seu posto de rei
Até que sonho e realidade
Tornaram-se uma coisa só
E ato algum teve força
Era tudo mentira, eu dizia
E a mentira virou modus vivendi
A rotina se tornou normalidade
E o sonho deixou seu posto de rei
Até que sonho e realidade
Tornaram-se uma coisa só
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Movimento poético I
Fui à casa de ferragens
E comprei carne
No açougue
Adquiri um sapato
E na farmácia
Uma bicicleta
E comprei carne
No açougue
Adquiri um sapato
E na farmácia
Uma bicicleta
Movimento poético II
Esse pão de queijo
Tem gosto de jiló
E a beterraba, quem diria
Mais parece um abacate
Tem gosto de jiló
E a beterraba, quem diria
Mais parece um abacate
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Gosto de repetir palavras em um poema
Gosto de repetir palavras em um poema
Repetir palavras em um poema, gosto de
Palavras em um poema, gosto de repetir
Em um poema, gosto de repetir palavras
Palavras, gosto de repetir em um poema
Poema, gosto de repetir palavras em um
Repetir, gosto de palavras em um poema
Gosto de palavras repetir em um poema
Gosto de repetir um poema em palavras
Poema, gosto de repetir um em palavras
Em palavras gosto de repetir um poema
Em poema gosto de repetir palavras um
Um poema de repetir palavras em gosto
Um gosto de repetir palavras em poema
Um repetir palavras em gosto de poema
Em um repetir de palavras, poema-gosto
Gosto de poema, repetir palavras em um
Gosto de repetir palavras em um poema
Repetir palavras em um poema, gosto de
Palavras em um poema, gosto de repetir
Em um poema, gosto de repetir palavras
Palavras, gosto de repetir em um poema
Poema, gosto de repetir palavras em um
Repetir, gosto de palavras em um poema
Gosto de palavras repetir em um poema
Gosto de repetir um poema em palavras
Poema, gosto de repetir um em palavras
Em palavras gosto de repetir um poema
Em poema gosto de repetir palavras um
Um poema de repetir palavras em gosto
Um gosto de repetir palavras em poema
Um repetir palavras em gosto de poema
Em um repetir de palavras, poema-gosto
Gosto de poema, repetir palavras em um
Gosto de repetir palavras em um poema
Padrao de desejo
Descobri um novo padrão de desejo
Que quero tornar realidade
É o desejo de desejar intensamente
Que quero tornar realidade
É o desejo de desejar intensamente
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Dia a dia
Quando escorreu sangue pelas palavras que escrevi, eu chorei
Chorei por um crime que nem cometi, por uma vida que não me dizia respeito
Quando precisei entrar na intimidade dos que sofrem, me calei
Calei-me porque não cabia a mim dizer nada, eu precisava ouvir
Quando a imagem era forte demais, escondi seus traços, revelando o necessário somente
Escondi o principal para não ter que sofrer junto com a vítima; esse era o meu trabalho
Quando precisei falar, falei
Escutar, escutei
Chorar, chorei
Jornalismo
Chorei por um crime que nem cometi, por uma vida que não me dizia respeito
Quando precisei entrar na intimidade dos que sofrem, me calei
Calei-me porque não cabia a mim dizer nada, eu precisava ouvir
Quando a imagem era forte demais, escondi seus traços, revelando o necessário somente
Escondi o principal para não ter que sofrer junto com a vítima; esse era o meu trabalho
Quando precisei falar, falei
Escutar, escutei
Chorar, chorei
Jornalismo
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Vida pura e simples
Um caminho
E a vida se faz
Um destino
E ela se completa
Uma intenção
E tudo recomeça
Uma dupla
E tudo faz sentido
E a vida se faz
Um destino
E ela se completa
Uma intenção
E tudo recomeça
Uma dupla
E tudo faz sentido
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Poesia e estrofe
Se eu não estivesse com sono
Tentaria fazer uma poesia
Mas com a vontade de dormir
Deixo apenas uma estrofe
Tentaria fazer uma poesia
Mas com a vontade de dormir
Deixo apenas uma estrofe
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Querida
Querida minha,
Tivesse eu querido você
Querido seu seria
Você, que ri da vida,
Querida,
Quer ida ao cinema?
Querida, querida
Quer ida
Que ri da
Tivesse eu querido você
Querido seu seria
Você, que ri da vida,
Querida,
Quer ida ao cinema?
Querida, querida
Quer ida
Que ri da
Momento
A duração daquele momento
Não cabia na definição de infinito
Ele tinha um infinito próprio
Maior que o infinito dos cientistas
Ou o infinito dos tempos
O universo era nada perto daquele momento
Daquele sentimento
Daquela vida
O sofrimento dos santos não se compara com as estrelas
É sofrimento próprio, sem dia nem hora para acabar
É sofrimento remoído, retorcido e refeito
Construído sobre o pilar do instinto e da sobrevivência
Eu também já me senti assim, um santo
Um santo
Um santo
Um santo
Um santo
Um santo
De repente, um sussurro
E a santidade deu lugar ao pecado
E o pecado pareceu ser a forma mais correta de agir
E os que substituiam a santidade
Pelo pecado
Revelavam poder aparente e transitório
Mas não deixavam de fazê-lo
Pelos motivos que ceus e terra não ousam perscrutar
E nem perguntar por ele
Contínuo
Contínuo
Contínuo
Contínuo
O pecado se tornou contínuo
Mas a vida é inalterável
E suas leis, imutáveis
Imutáveis parece uma palavra conveniente para o momento
Pois não muda
Não muda
Não muda
Não muda
Não muda
A vida continua inalterável
E seu desafiadores
Os que adentraram o mundo do pecado
Hão de ver
E sentir
Que a vida
Continua inalterável
Inálterável
Inalterável
Inalterável
Inalterável
Inalterável
Como as cinco últimas estrofes deste poema
Não cabia na definição de infinito
Ele tinha um infinito próprio
Maior que o infinito dos cientistas
Ou o infinito dos tempos
O universo era nada perto daquele momento
Daquele sentimento
Daquela vida
O sofrimento dos santos não se compara com as estrelas
É sofrimento próprio, sem dia nem hora para acabar
É sofrimento remoído, retorcido e refeito
Construído sobre o pilar do instinto e da sobrevivência
Eu também já me senti assim, um santo
Um santo
Um santo
Um santo
Um santo
Um santo
De repente, um sussurro
E a santidade deu lugar ao pecado
E o pecado pareceu ser a forma mais correta de agir
E os que substituiam a santidade
Pelo pecado
Revelavam poder aparente e transitório
Mas não deixavam de fazê-lo
Pelos motivos que ceus e terra não ousam perscrutar
E nem perguntar por ele
Contínuo
Contínuo
Contínuo
Contínuo
O pecado se tornou contínuo
Mas a vida é inalterável
E suas leis, imutáveis
Imutáveis parece uma palavra conveniente para o momento
Pois não muda
Não muda
Não muda
Não muda
Não muda
A vida continua inalterável
E seu desafiadores
Os que adentraram o mundo do pecado
Hão de ver
E sentir
Que a vida
Continua inalterável
Inálterável
Inalterável
Inalterável
Inalterável
Inalterável
Como as cinco últimas estrofes deste poema
Centésima
A centésima a gente nunca esquece
É como o centésimo gol
Valeu galera pelos acesso
Podem esperar as próximas cem postagens!!!
É como o centésimo gol
Valeu galera pelos acesso
Podem esperar as próximas cem postagens!!!
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A dona e o instrumento
A poesia se faz verso em mim
E eu me faço palavra para a poesia
Ela, dona
Eu, instrumento
E eu me faço palavra para a poesia
Ela, dona
Eu, instrumento
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Tenho medo
Tenho medo do medo de ter medo
Tenho medo do medo
Tenho medo
Tenho medo com medo
Tenho com medo medo
Tenho um triste medo
Um medo que é só meu
Um medo que se expressa em palavras
Que habita o inconsciente
Um medo profundo
Um medo que aflora de tempos em tempos
Um medo da vergonha pelo medo
Medo
Mas a realidade é menos dura do que parece
Tenho medo do medo
Tenho medo
Tenho medo com medo
Tenho com medo medo
Tenho um triste medo
Um medo que é só meu
Um medo que se expressa em palavras
Que habita o inconsciente
Um medo profundo
Um medo que aflora de tempos em tempos
Um medo da vergonha pelo medo
Medo
Mas a realidade é menos dura do que parece
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Saudades dos sintomas
Estou com saudades dos sintomas que você me causa
E não sei se estou com vontade de falar sobre isso
Mas espere, me escute
Sou só um simples trovador
E posso falar porque a poesia me permite falar
Estou com saudades dos sintomas que você me causa
E não sei se estou com vontade de falar sobre isso
Mas espere, me escute
Sou só um simples trovador
E posso falar porque a poesia me permite falar
Estou com saudades dos sintomas que você me causa
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Com três é melhor
Eu sempre falei para minha namorada que gostaria muito de fazer com três. Ela não, preferia sempre a mesmice de fazer só com dois, sem muita variação. No começo eu até que gostava, sabe; era boa a ideia de fazer certinho, sem exagero, só dois mesmo, deixar a variação de lado. Afinal de contas, pra que mexer em algo que era tão bom?
Mas isso durou pouco. Com o tempo aquela graça inicial de fazer somente com dois acabou, e tudo ficou meio sem graça, um tanto sem gosto. Eu insistia para que fizéssemos uma vez que fosse com três, só para experimentar. Acreditava que isso daria mais prazer àquele ato tão sublime e traria mais sabor ao nosso desejo. Mas até então era em vão.
Passei meses aguentando a vontade de fazer com três, mas por fim, desisti. Recomecei, então, a gostar dele sendo realizado somente com dois. Mas não era a mesma coisa; meu desejo ia e voltava à minha mente durante o tempo em que eu e minha namorada passávamos por aqueles momentos.
Tentamos de todas as maneiras tornar a opção com dois mais desejável: íamos da cozinha para o quarto, depois para a sala, até chegarmos no quintal. Os vizinhos não se continham de curiosidade e iam para seus quintais nos observar, o que não nos impedia de continuarmos. Afinal de contas, tínhamos que tentar.
E continuamos dessa maneira por anos da nossa relação até que um dia, sem que eu esperasse, minha namorada topou. Nem acreditei quando ela me disse isso, saltei de alegria. Finalmente faríamos com três. E fizemos. Noite após noite, dia após dia, durante todos os períodos da jornada. Nem preciso dizer que ficamos mais satisfeitos. Eu não reclamava mais e ela não se sentia frustrada por não conseguir me satisfazer.
Até nossa pele ficou melhor, nossos cabelos ficaram mais sedosos; o ar que respirávamos era mais puro, o sol que avistávamos brilhava mais. Os vizinhos se achegavam para participar também e acabavam gostando. Logo todos os conhecidos estavam conosco, participando daquilo que mais parecia uma festa da antiguidade grega. E o processo, para quem quer conhecer e fazer o mesmo, foi o seguinte, etapa por etapa:
1) Junte uma colher das de sopa de óleo em uma panela; esquente em fogo médio
2) Quando o óleo estiver quente, junte TRÊS ovos e comece a mexer rápido
3) Coloque presunto, queijo, sal e orégano a gosto
4) Saboreie esse maravilhoso omelete com três ovos
Mas isso durou pouco. Com o tempo aquela graça inicial de fazer somente com dois acabou, e tudo ficou meio sem graça, um tanto sem gosto. Eu insistia para que fizéssemos uma vez que fosse com três, só para experimentar. Acreditava que isso daria mais prazer àquele ato tão sublime e traria mais sabor ao nosso desejo. Mas até então era em vão.
Passei meses aguentando a vontade de fazer com três, mas por fim, desisti. Recomecei, então, a gostar dele sendo realizado somente com dois. Mas não era a mesma coisa; meu desejo ia e voltava à minha mente durante o tempo em que eu e minha namorada passávamos por aqueles momentos.
Tentamos de todas as maneiras tornar a opção com dois mais desejável: íamos da cozinha para o quarto, depois para a sala, até chegarmos no quintal. Os vizinhos não se continham de curiosidade e iam para seus quintais nos observar, o que não nos impedia de continuarmos. Afinal de contas, tínhamos que tentar.
E continuamos dessa maneira por anos da nossa relação até que um dia, sem que eu esperasse, minha namorada topou. Nem acreditei quando ela me disse isso, saltei de alegria. Finalmente faríamos com três. E fizemos. Noite após noite, dia após dia, durante todos os períodos da jornada. Nem preciso dizer que ficamos mais satisfeitos. Eu não reclamava mais e ela não se sentia frustrada por não conseguir me satisfazer.
Até nossa pele ficou melhor, nossos cabelos ficaram mais sedosos; o ar que respirávamos era mais puro, o sol que avistávamos brilhava mais. Os vizinhos se achegavam para participar também e acabavam gostando. Logo todos os conhecidos estavam conosco, participando daquilo que mais parecia uma festa da antiguidade grega. E o processo, para quem quer conhecer e fazer o mesmo, foi o seguinte, etapa por etapa:
1) Junte uma colher das de sopa de óleo em uma panela; esquente em fogo médio
2) Quando o óleo estiver quente, junte TRÊS ovos e comece a mexer rápido
3) Coloque presunto, queijo, sal e orégano a gosto
4) Saboreie esse maravilhoso omelete com três ovos
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