Didididi
Didi
Di
Didididi
Didididi
A poesia grita
Hortelãs Hidropônicas
O Blog sem relação com o título
sábado, 9 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Razão de ser
Tentei enxergar
Cego, procurava meus olhos
Outro estava com eles
Devolve
Devolve
Que devolva meus olhos
Me dá minh'alma
A calma
Na palma da mão
Quero meu sangue
Sugado que foi
No labirinto me perco
A vida me obriga a chorar
Mas não tenho olhos
E, cego, vou tateando
Viver
Perda do ser
Uma perda de senso
Um crescer sem visão
Um lágrima dura
Ganhar qualquer coisa
Raridade e tesão
Raridade
Tesão
Razão de ser
Cego, procurava meus olhos
Outro estava com eles
Devolve
Devolve
Que devolva meus olhos
Me dá minh'alma
A calma
Na palma da mão
Quero meu sangue
Sugado que foi
No labirinto me perco
A vida me obriga a chorar
Mas não tenho olhos
E, cego, vou tateando
Viver
Perda do ser
Uma perda de senso
Um crescer sem visão
Um lágrima dura
Ganhar qualquer coisa
Raridade e tesão
Raridade
Tesão
Razão de ser
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Como tratar o coração
Amassa, tritura
E faz de novo
Conserta
Repara
E volte a destruir
Só não destrua
Este ciclo
De
Constrói
Destrói
Constrói
Destrói
E faz de novo
Conserta
Repara
E volte a destruir
Só não destrua
Este ciclo
De
Constrói
Destrói
Constrói
Destrói
Falta de sensibilidade
Homem de lata
Coração de chumbo
Rapadura
Dureza de espírito
Homem de gelo
Coração de pedra
Pedra gelada
Congela até vento
Coração de chumbo
Rapadura
Dureza de espírito
Homem de gelo
Coração de pedra
Pedra gelada
Congela até vento
Quando os papéis se alternan
Pilha dá energia
Mas o meu sangue
Que pulsa
Igual sangue de ave
Me dá coração
Ao invés de bombear
E levar oxigênio pra mim
Meu coração é levado
Pelo sangue
É ele que corre na minha veia
E não o contrário
Bombeia
Bombeia
Bomb
Bomb
Bomb
B
o
m
b
e
i
a coração
Até não ter mais o que bombear
Mas o meu sangue
Que pulsa
Igual sangue de ave
Me dá coração
Ao invés de bombear
E levar oxigênio pra mim
Meu coração é levado
Pelo sangue
É ele que corre na minha veia
E não o contrário
Bombeia
Bombeia
Bomb
Bomb
Bomb
B
o
m
b
e
i
a coração
Até não ter mais o que bombear
Completude que todos querem
Minha metade é um terço
De número, não de reza
Mas rezo para ser um inteiro
Ou pelo menos metade
De número, não de reza
Mas rezo para ser um inteiro
Ou pelo menos metade
Confissões póstumas do morto
Sensações no infinito
Galáctico
Temperamento eletrostático
Atmosfera hermética
Eclética
Anoréxica expressão
Antiofídico
Paralítico desejo
Remédio
Alma
Coração
O doente sou eu
Galáctico
Temperamento eletrostático
Atmosfera hermética
Eclética
Anoréxica expressão
Antiofídico
Paralítico desejo
Remédio
Alma
Coração
O doente sou eu
Toda poderosa palavra
Na subida, sou um pouco tonto
Na descida, direto
Ladeira abaixo
Caindo
Rumo ao depósito
Deposito de água
E splash
Splash
Fico nadando no seco
E desço mais ladeira
Madeira
Caldeira
E fogo
Fogo morro a baixo
Sobe o fogo
E desce a água
Até que, imponente
A poesia para a água e o fogo
Na descida, direto
Ladeira abaixo
Caindo
Rumo ao depósito
Deposito de água
E splash
Splash
Fico nadando no seco
E desço mais ladeira
Madeira
Caldeira
E fogo
Fogo morro a baixo
Sobe o fogo
E desce a água
Até que, imponente
A poesia para a água e o fogo
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Como vejo meu eu
Meu núcleo mais interno
Este, no meio do peito
Que se chama alma
Na verdade é o coração
É o músculo do espírito
O corpo daquilo que não se vê
E bate
Bate como milk-shake
Batida de leite
Bateu
Bateu
Bateu
Depois virou pedra
Empedrado
Coração empedrado
E depois, de uma vez
Virou coração
Revirou
Carne e pedra
De pedra pra carne
Até que enfim descansou
Como alma
Este, no meio do peito
Que se chama alma
Na verdade é o coração
É o músculo do espírito
O corpo daquilo que não se vê
E bate
Bate como milk-shake
Batida de leite
Bateu
Bateu
Bateu
Depois virou pedra
Empedrado
Coração empedrado
E depois, de uma vez
Virou coração
Revirou
Carne e pedra
De pedra pra carne
Até que enfim descansou
Como alma
Tempo meu tempo
O tempo é passageiro
Passageiro da minha estação
Carrego comigo este tempo
Tempo passageiro
Ele vai no meu trem
Eu me encarrego dele
E ele de mim
Eu o carrego
Como carga
Às vezes, carga pesada
Em outras, só um suspiro
Mas é tempo
Não se brinca com ele
Tempo meu tempo
Tempo meu rei
Controla os meu passos
Meu tempo é minha lei
Quero moldá-lo
Para o meu capricho
Mas é tempo
Tempo de relógio
Muito cruel
O tempo meu tempo
Passageiro da minha estação
Carrego comigo este tempo
Tempo passageiro
Ele vai no meu trem
Eu me encarrego dele
E ele de mim
Eu o carrego
Como carga
Às vezes, carga pesada
Em outras, só um suspiro
Mas é tempo
Não se brinca com ele
Tempo meu tempo
Tempo meu rei
Controla os meu passos
Meu tempo é minha lei
Quero moldá-lo
Para o meu capricho
Mas é tempo
Tempo de relógio
Muito cruel
O tempo meu tempo
Adão e Eva
Homem submisso
Que sumiço
Na tarde observo
E não há nenhum
Mas vejo a mulher
Ardente, sangue e paixão
Que sumiço
Na tarde observo
E não há nenhum
Mas vejo a mulher
Ardente, sangue e paixão
Entre quatro paredes
Sou um tanto quanto
Sagaz
Enquanto tento
Sou paz
Um tento quente
Voraz
Sou galardão
Tentação
Redenção
Sou paixão
No meu quarto
Solidão
Sagaz
Enquanto tento
Sou paz
Um tento quente
Voraz
Sou galardão
Tentação
Redenção
Sou paixão
No meu quarto
Solidão
24 horas
Boa tarde
Tenham uma boa tarde
Boa noite
Já é noite
Escuro
Claro
Dia
Noite
Tenham um bom dia
Dia bom
noite e dia
Manhã
Sol
Lua
Estrelas no céu
De noite
Um sonho
Ou sono
que não vem?
Tenham uma boa tarde
Boa noite
Já é noite
Escuro
Claro
Dia
Noite
Tenham um bom dia
Dia bom
noite e dia
Manhã
Sol
Lua
Estrelas no céu
De noite
Um sonho
Ou sono
que não vem?
Sem fim
Olá, me chamo tristeza
Bebe um pouco de vinho
E degusta um pedaço de queijo
Come um pedaço de carne
Carne seca
Carne envelhecida
Carne podre
Come com tristeza
Me chamo tristeza
Tristeza
Me chamo Tristeza
Come
Come e bebe com tristeza
Bebe um pouco de vinho
E degusta um pedaço de queijo
Come um pedaço de carne
Carne seca
Carne envelhecida
Carne podre
Come com tristeza
Me chamo tristeza
Tristeza
Me chamo Tristeza
Come
Come e bebe com tristeza
Dá uma lida
Amêndoas com ovo
Lula com polvo
Cebola com mofo
Ameba com nojo
Rapadura com soco
Porrada com sopro
Lula com polvo
Cebola com mofo
Ameba com nojo
Rapadura com soco
Porrada com sopro
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Amor
Amor é uma palavra sublime
Que não tem rima
Mas que na verdade
Rima com tudo
Rima com dor
Com calor
Com torpor
Rima até com valor
É amor, simplesmente
Que não tem rima
Mas que na verdade
Rima com tudo
Rima com dor
Com calor
Com torpor
Rima até com valor
É amor, simplesmente
Computador energúmeno (só porque não sei o significado desta palavra)
Me dá seu telefone
Que eu te dou meu email
Quero um bit
Um hit
Digital
Sou um animal
Eletrônico
Que eu te dou meu email
Quero um bit
Um hit
Digital
Sou um animal
Eletrônico
Como se livrar de uma língua
Usted quiere
Yo quiero
Eu quero
Nosotros somos un pouco
Misturados
Quiero falar un pouquinho en español
Pero mi língua materna
No me deja nunca
Yo quiero
Eu quero
Nosotros somos un pouco
Misturados
Quiero falar un pouquinho en español
Pero mi língua materna
No me deja nunca
Ruptura
Apenas um segundo
Entre a vida e a morte
E espada e o perdão
O amor e o ódio
Apenas um centésimo
Entre o ser e o não ser
O existir e o sumir
Entre a construção e a poeira
Entre a vida e a morte
E espada e o perdão
O amor e o ódio
Apenas um centésimo
Entre o ser e o não ser
O existir e o sumir
Entre a construção e a poeira
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Justo
Me dá um pouco da sua nostalgia
Que eu te dou meu futurismo
Me dá seu amor
Que eu te entrego a dor
Que eu te dou meu futurismo
Me dá seu amor
Que eu te entrego a dor
Porque escrevo
Escrevi um poema
Que é feito de ema
Passado na gema
Comido com trema
É meio um lema
Quase um morfema
Não fosse um poema
Que é feito de ema
Passado na gema
Comido com trema
É meio um lema
Quase um morfema
Não fosse um poema
Larga mão desse velho
Conta aquela nova notícia
De um novo tempo
De um novo dia
Não me venha com velharias
De velhas ordinárias
De jovens insanos
Não me conta seus erros
Nem mostra sua luta
Não, não quero saber
Quero que reveles
Somente
Aquela peça de ouro
Que tanto empoeira
Que tanto esfacela
Limpa o pó
Lustra a peça
E me traga
Mas não traga a fumaça Velha
Que tragaste com o tempo
Não
De um novo tempo
De um novo dia
Não me venha com velharias
De velhas ordinárias
De jovens insanos
Não me conta seus erros
Nem mostra sua luta
Não, não quero saber
Quero que reveles
Somente
Aquela peça de ouro
Que tanto empoeira
Que tanto esfacela
Limpa o pó
Lustra a peça
E me traga
Mas não traga a fumaça Velha
Que tragaste com o tempo
Não
Abandone
O sonho
Perdido
No tempo
De outrora
A poesia autoriza
Amor de Orca
É como arco de Roma
Ovada no rato
É voada na rota
Rancor no corpo
Roncar o porco
Sopa de ovo
Sapo com ovo
Batata de alho
Olha o Tabata
Arara que malha
Lhama com arara
É como arco de Roma
Ovada no rato
É voada na rota
Rancor no corpo
Roncar o porco
Sopa de ovo
Sapo com ovo
Batata de alho
Olha o Tabata
Arara que malha
Lhama com arara
Suor ao contrário
Um pouco de perfume não faz mal
Levando-se em conta
Que
Ultimamente
Os cheiros andam ruins
É bom disfarçar o odor
Com um Hugo Boss
Levando-se em conta
Que
Ultimamente
Os cheiros andam ruins
É bom disfarçar o odor
Com um Hugo Boss
Bosta de rima
Não me pergunte se eu sou herói
Nem Caubói
Sou motoboy
Sou de Niterói
Leio Tolstói
Na verdade, uso anzóis
Ói é como alguns dizem oi
Estou dodói
Nem Caubói
Sou motoboy
Sou de Niterói
Leio Tolstói
Na verdade, uso anzóis
Ói é como alguns dizem oi
Estou dodói
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
Confissões de um preconceituoso
Conversei com aquela baranga
Tinha tudo, vestido de noiva e véu
Mas era baranga
Chamei a baranga de baranga
E ela me disse que não, que não era
Mas eu disse: “Baranga”!
Eu, perdido na goiaba
Cavei e rodei
Rodei dentro daquele lugar
Cavando e rodando
Dentro de uma goiaba
Dentes de ovelha
Me disseram que havia
Dentes de ovelha no pasto
“Dá sorte”, afirmavam
Fui rancar o de uma
Segurei a ovelha
Ela olhou nos meus olhos
Mugiu a coitada
E depois da peleja
Olhei nos seus olhos
E aí suspeitei
Olhei para as tetas
E vi saliência
Era vaca, percebi
E não tinha dentes de ovelha
Quero você
Eu tinha um repolho guardado
Para comer com você
O repolho ficou roxo
E depois verde
De branco que era
Só o miolo sobrou
Você chegou
Já não era repolho
Era uva
Comemos
Poesia para calçar
Sapato de ouro
Nos pés de outro
Sapato de bronze
Está na rua onze
Só quero um sapato
Mas ganho um pato
Procuro nas ruas
Lixeiras e calhas
Quero um sapato
Mas só ganho um pato
Está na rua onze
Só quero um sapato
Mas ganho um pato
Procuro nas ruas
Lixeiras e calhas
Quero um sapato
Mas só ganho um pato
Rachado
Vaso de pedra quebrado
Metade de um vaso rachado
Meio quadrado
Meio acabado
Quando o vi, gasto que era
Estava gasto
Era gasto
Era apenas um vaso
Vaso de pedra rachado
Quando o vi, gasto que era
Era gasto
Vaso de pedra rachado
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Um título
Um pouco de cachaça não faz mal a ninguém
Mas seria bom que segurassem o bêbado antes
de jogar uma garrafa em uma pessoa
Mas seria bom que segurassem o bêbado antes
de jogar uma garrafa em uma pessoa
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Como encantar uma mulher
Olha, já me disseram que o perfume das rosas é perfeito
Mas a produção não pode ser imitada
Ah, não queria mesmo entender esta questão
Muito menos a rosa quer compreender seu encanto
Mas a produção não pode ser imitada
Ah, não queria mesmo entender esta questão
Muito menos a rosa quer compreender seu encanto
domingo, 2 de dezembro de 2012
Deixa
Deixa transbordar
Um pedaço de você
Deixa flutuar
O seu melhor
Deixa escapar
Seu pedaço
Deixa escorregar
Seu maior amor
Um pedaço de você
Deixa flutuar
O seu melhor
Deixa escapar
Seu pedaço
Deixa escorregar
Seu maior amor
Assinar:
Postagens (Atom)